7 de abr. de 2014

Resquícios dos cacos de um coração

Não quero me entregar aos sentimentos. Eles são tão confusos, tão instáveis, tão frágeis. Já me basta eu ser frágil, agora precisa cuidar de mais coisas frágeis?

Talvez se você estivesse aqui eu saberia cuidar melhor. O destino nos uniu de uma mentira tão engraçada e nos separou sarcasticamente. Dói saber que foi tão pouco e eu senti muito. Odeio a distância entre nós dois, sabia? Talvez só eu esteja pensando em você agora, mas o pensamento não deve ser correspondido, certo?
Eu vivo do passado, eu remoo o passado. É o que diz sobre eu se lembrar de você ainda. O que posso fazer se me apaixonei absurdamente rápido e se esse sentimento se tornou mais profundo do que minhas outras paixonites? Não consigo conter minhas memórias do seu sorriso, ou dos seus olhos sobre mim, me zelando enquanto eu cochilava em seu ombro. É difícil dizer o quanto sinto sua falta a mim mesma, pois me sinto ridícula em ainda pensar em você dessa maneira tão “minha”. Você não é meu mais... Aliás, nunca foi meu, mas em meu coração você sempre foi mesmo antes de nos conhecermos.

Eu queria ter sido mesquinha e ter lhe dito “Não quero que se afaste de mim”, mas era sua vida, seu destino e não o meu. Eu não era nem sou ninguém para mandar ou desmandar em suas escolhas, ainda mais quando são boas escolhas. Eu não posso e nem consigo ser egoísta com você e o preço disso foi ter perdido você.
Eu não queria chorar sempre que me lembro dos seus olhos sobre mim da ultima vez que nos vimos, não queria lembrar que eu disse “Tchau” e fui embora sem ouvir o seu “tchau”. Machucaria mais do que estou machucada, não?


Quero saber lidar com nossa despedida, mesmo que seja um “até logo”, aquilo pra mim foi um “adeus”. Nada foi como antes e nem será porque nossas memórias juntos continuam intactas aqui, no meu coração.

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